Alfândega: dicas para declarar ou não suas compras

Imagine a seguinte situação: você está voltando de uma viagem internacional, com sua bagagem de lembranças, presentes e, é claro, algumas compras que fez durante uma jornada. À medida que se aproxima da alfândega, surge uma grande dúvida: devo declarar minhas compras ou não?

A alfandega é um ponto crucial em qualquer viagem internacional, onde você precisa lidar com regulamentações e restrições. Declarar ou não suas compras podem parecer uma decisão complicada, e a falta de conhecimento sobre as regras pode resultar em consequências tomadas.

Neste artigo, exploraremos em detalhes estratégias e dicas para lidar com a declaração eficazmente. Ficou interessado? Vamos lá? 

Nova Cota de USD 1000 para isenção alfandegária

Até o final de 2021, os viajantes que retornassem ao Brasil poderiam aproveitar uma cota de alfandegária autorizada de US$ 500 para produtos adquiridos no exterior. Contudo, a partir da publicação do decreto nº 10.926, com vigência a partir da data de sua promulgação, essa cota foi ampliada para USD 1000. 

Esta mudança representa uma oportunidade bem-vinda para viajantes que desejam trazer um pouco mais de suas experiências internacionais de volta para casa sem correr em encargos alfandegários.

Essa nova cota de isenção de USD 1000 significa que você pode trazer produtos do exterior até esse valor sem a obrigação de pagar impostos de importação sobre eles. No entanto, a partir do momento em que o valor total das suas compras exceda essa cota, você estará sujeito aos impostos, que serão aplicados ao valor que exceder a cota de isenção.

Quais itens entram como uso pessoal na taxação?

Houve tempos em que qualquer item eletrônico saindo do Brasil exigia uma declaração obrigatória na alfândega. Visando simplificar os procedimentos e melhorar o controle das mercadorias adquiridas no exterior, essas obrigações de declaração foram abolidas.  A seguir estão as principais isenções que estão sendo aplicadas a itens eletrônicos!

Celular, câmera fotográfica e relógio

Cada viajante pode trazer um celular, uma câmera fotográfica e um relógio, todos os isentos de impostos. No entanto, é importante notar que esses itens devem estar em uso para garantir a isenção. 

Se você carrega um celular ainda na caixa ou um relógio na mala, pode levantar suspeitas de que esses produtos não estão em uso regular e, portanto, podem ser tributados. O ideal é estar usando esses itens quando chegar ao país.

Notebook

Embora muitos fiscais e até mesmo juízes considerem o notebook como um item pessoal e, portanto, isento de tributação, a interpretação literal da lei indica que ele é tributável e deve fazer parte da base de cálculo da sua bagagem.

Pode haver mudanças nesse entendimento nos próximos anos, mas, por enquanto, é importante considerá-lo como um item que pode ser tributado.

Relógios de alto valor

Mesmo relógios de alto valor, como aqueles avaliados em USD 10.000 ou USD 50.000, são isentos de tributação, caso estejam em uso, ou seja, no pulso. No entanto, no caso do Apple Watch, a situação é um pouco mais complexa, pois alguns fiscais podem argumentar que, por se tratar de um dispositivo eletrônico, ele é passível de tributação. 

A questão ainda não está claramente definida, e os viajantes devem estar cientes dessa possibilidade de trazer um Apple Watch.

Certificar-se de que esses itens estão em uso e compreender as regras específicas para cada categoria de produto pode ajudar a evitar problemas na alfândega e garantir que você aproveite ao máximo suas compras no exterior.

Dicas para declarar ou não suas compras

Quando você retorna de uma viagem internacional, uma das decisões cruciais que precisa tomar é se deve ou não declarar suas compras na alfândega. Essa escolha pode impactar sua experiência na chegada ao país de origem, evitando problemas ou tributações inesperadas. 

1. Conheça as regulamentações locais

Antes de viajar, informe-se sobre as regulamentações alfandegárias do país de destino e do seu país de origem. Cada nação tem regras específicas sobre isenções, limites de cota e itens proibidos. Pesquisar com antecedência ajuda a evitar surpresas comerciais na alfândega.

2. Esteja ciente dos limites de isenção

Saiba qual é o limite de autorização para compras no exterior em seu país. Esse valor varia e pode mudar ao longo do tempo, portanto, verifique as informações atualizadas antes de viajar.

3. Itens isentos e itens tributáveis

Entenda quais tipos de produtos são isentos de impostos e quais podem estar sujeitos a impostos de importação. Itens pessoais, como roupas e objetos de uso cotidiano, são geralmente isentos, enquanto produtos com múltiplas unidades ou de alto valor pode ser tributados.

4. Mantenha notas fiscais e documentação

Guarde todas as notas fiscais e documentos relacionados às suas compras no exterior. Isso pode servir para comprovar o valor dos produtos, caso seja necessário apresentar documentação na alfândega.

5. Seja transparente

A honestidade é a melhor política. Se você tiver dúvidas sobre declarar ou não um item, geralmente é mais seguro declará-lo. Ocultar produtos ou fornecer informações falsas na alfândega pode resultar em deliberações e atrasos.

6. Itens de uso pessoal

Itens pessoais, como roupas usadas, não costumam estar sujeitos a imposto. No entanto, é importante entender as definições locais de itens de uso pessoal.

Em última análise, a decisão de declarar ou não suas compras devem ser baseadas em um entendimento claro das regulamentações locais e na honestidade. Seguir as regras e ser transparente durante o processo de declaração é a melhor maneira de garantir uma chegada tranquila e legal ao seu país de origem.

Compartilhe essas dicas valiosas sobre como declarar ou não suas compras na alfândega com seus amigos e familiares!