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Dormir pouco é algo comum, mas nem um pouco saudável. Confira como ter uma boa noite de descanso
Seu sono tem sido suficiente para começar o dia com disposição? Dados do Science Advances de 2016 apontam que o brasileiro é um dos indivíduos que menos dorme no mundo, perdendo apenas para Japão e Cingapura. E não é apenas isso: a Associação Brasileira do Sono (ABS) afirma que, no Brasil, a média de 6,6 horas de sono por dia em 2018 passou a 6,4 horas em 2019.
A preocupação com a pandemia foi outro fator que abalou o descanso do cidadão. Pesquisa feita pelo Instituto do Sono com 1,6 mil pessoas revelou que mais da metade dessa amostra passou a dormir mal e menos em 2020. Com o avanço da vacinação, espera-se que esse número diminua.
Largar o celular, fazer refeições leves e ter um colchão de qualidade são algumas medidas que o indivíduo pode tomar para ter um sono melhor. Entenda.
Dormir pouco faz mal para a saúde?
Muito. O cansaço excessivo é um deles, que acaba atrapalhando o desempenho em diversas atividades e pode até causar acidentes, dependendo da atividade que o indivíduo executar.
Entre os problemas que alguém que dorme pouco pode apresentar, estão problemas de memória, diabetes, doenças cardiovasculares, baixa na libido e na qualidade das relações sexuais, aumento do estresse, reflexos lentos, aumento de peso, saúde mental em risco e falta de atenção.
É preciso lembrar que esses problemas acabam afetando todos ao redor. Reflexos mais lentos comprometem quem costuma dirigir; já o aumento de estresse atrapalha as relações sociais e afetivas.
Qual o tempo de sono essencial para um bom descanso?
Depende da faixa etária. Quanto mais jovem o indivíduo, maior sua necessidade de sono:
- 1 a 2 anos de idade: 11 a 14 horas diárias de sono;
- 3 a 5 anos: entre 10 e 13 horas;
- 6 a 13 anos de idade: entre 9 e 11 horas;
- 14 a 17 anos: 10 horas;
- 18 a 64 anos: entre 7 e 9 horas;
- 65 anos ou mais: entre 7 e 8 horas.
É importante lembrar que sono demais também faz mal. Enquanto uma pessoa dorme, há redução da atividade cardiovascular, da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto do Sono, de junho de 2017, mostra que, por esse motivo, quem dorme além do tempo recomendado acaba desenvolvendo uma tendência a doenças cardiovasculares e hipertensão.
O ideal, portanto, é dormir na quantidade recomendada por faixa etária e, se possível, ininterruptamente.
O que fazer para ter uma boa noite de sono?
Veja o que é importante para descansar com qualidade. Bons acessórios e alimentação são essenciais.
Use bons itens de cama
Um indivíduo que dorme conforme o recomendado passa um terço do dia dentro do quarto. Portanto, não dá para negligenciar a qualidade do colchão, dos lençóis e do travesseiro.
A densidade do colchão varia conforme a idade e as condições de saúde. Os macios são recomendados para os mais jovens, idosos e acamados; enquanto os mais rígidos costumam se adequar a pessoas com problemas de coluna.
Outro item importante é a cortina. Ela deve manter o quarto escuro, mesmo que a pessoa opte pela luz baixa dentro do cômodo.
Sem alimentos estimulantes
A alimentação noturna deve ser mais leve que o almoço para que o corpo não demore muito no processo de digestão. Além disso, é preciso evitar alimentos estimulantes, como café, refrigerante, açúcar, canela e pimenta.
Cuidado com as atividades físicas
Muita gente deixa para fazer exercícios físicos no período noturno. Embora seja essencial manter uma prática de 150 a 300 minutos semanais, é preciso ter atenção ao horário. A atividade deve ser feita no máximo duas horas antes de dormir, ou seja, se o indivíduo dorme às 22h, deve terminar seu treino às 20h, no máximo.
Largue o celular
Como visto, é preciso largar qualquer tipo de estímulo pelo menos duas horas antes de dormir. Portanto, largue um pouco o celular e a televisão para que o sono venha com mais rapidez e menos estresse.
Mantenha a regularidade
Tenha um horário fixo para acordar e dormir. Quem varia muito não ajuda o cérebro a saber quando é hora de descansar.